DBike - Revista catarinense de cicilismo | Santa Catarina, 27 de julho de 2024 | Quem somos | Contato

Mobilidade: Como será pós pandemia?

A pandemia ocasionado pelo Covid-19 registrou saldo de quase 165 mil de casos confirmados e 11 mil mortes no Brasil sendo 3429 casos e 65 mortes em Santa Catarina. No entanto, a Organização Meteorológica Mundial (OMM), órgão ligado a Organização das Nações Unidas (ONU) para assuntos meteorológicos, projeta uma redução na emissão do dióxido de carbono (CO2) em até 6% no ano de 2020.

Nesse cenário de pessimismo dada a situação, existe uma via de pensamento fortalecido por algumas ações que enxerga o transporte ativo, em especial a bicicleta, como protagonista nas cidades. Como a sociedade já percebia e passou a saber ainda mais perante aos constantes problemas naturais diante da imobilidade humana, o planeta não suportará se todos forem usar seus carros. Sendo assim, transformar a ciclomobilidade em ator principal, abrindo espaço para a infraestrutura que ofereça segurança viária para as pessoas pedalarem, é uma decisão vista como esperança para o futuro.

As grandes cidades brasileiras precisa de uma nova visão sobre a mobilidade urbana e bons exemplos vem da região nordeste.

A cidade de Fortaleza, capital cearense, colocou em prática o plano de ciclomobilidade que se refere na ampliação de viárias voltada a bicicleta por toda as áreas do município havendo um incrementando de 249% nas ciclovias municipais com salto de 68 quilômetros em 2013 para 240 quilômetros em 2018. Já a vizinha Recife, capital pernambucana, foi contemplada pela nova iorquina Bloomberg Philanthropies para a Segurança Viária Global, graças as iniciativas da Secretária de Mobilidade e Controle Urbano (Semoc) e a Autarquia de Trânsito e Transporte Urbano (CTTU) como, por exemplo, o investimento em educação para o trânsito, tanto com ações educativas, como diariamente com os orientadores de trânsito (conhecidos como “os amarelinhos”); aumento da malha cicloviária em mais de 350% desde 2013, fazendo o Recife chegar à marca de 109 km; áreas de trânsito calmo com refúgios de pedestres, que destinou mais de 2.700 m² das vias recifenses para pessoas.

Não só o medo das aglomerações no transporte coletivo, mas também a poluição tem pesado demais nas decisões de gestores mundiais que estão passos à frente do Brasil porque já começam a estruturar o pós pandemia. Além dos danos já conhecidos e do fato de que o planeta viu e sentiu os benefícios de não tê-la, a poluição pode estar diretamente atrelada à fatalidade pelo novo coronavírus. Alguns estudos pelo mundo associaram altas concentrações de poluição a elevados números de mortos em grandes cidades.

Então caros gestores públicos, o plano de ciclomobilidade interligado todas as áreas municipais é uma excelente solução viária para o presente da locomoção saturada todo dia a dia e o futuro do planeta na questão da natureza.

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