DBike - Revista catarinense de cicilismo | Santa Catarina, 24 de julho de 2024 | Quem somos | Contato

Mercado: Bicicletas em altas

Os setores da economia foram afetados de alguma forma pela pandemia do Coronavírus e o comércio sobre duas rodas não poderia ser diferente. Segundo dados da Aliança Bike, houve uma retração até de 70% no faturamento nas lojas do setor, no primeiro mês de isolamento social no Brasil.

Contudo no último mês de maio, os indicadores de pesquisas da Aliança Bike apontou crescimento no faturamento de 50% em relação ao mesmo período no ano passado. Este aumento na procurado e aquisição por bicicletas apresenta alguns aspectos: A retomada das atividades, mesmo com restrições sanitárias, fez que a população procurar a bicicleta para evitar a aglomeração dos transporte público ou pelo aumento da taxa de desemprego fez que a troca pelos gastos do automóvel pela investimento acessível das bikes.

Aliança Brasil: Criada em 2003 e formalizada em 2009, a Associação Brasileira do Setor de Bicicletas é uma associação que tem como missão fortalecer a economia da bicicleta e o seu uso por brasileiras e brasileiros, atuando em diversas frentes de trabalho para promover o uso de bicicletas como transporte, esporte e lazer.

Reaquecimento nas Vendas de Bicicletas
Crédito da Foto: Divulgação

Bicicletas mais procurado

As magrelas mais comercializadas foram no estilo urbano devido ao fator de ser mais adequadas para o perímetro urbano. Segundo as lojas especializadas em bicicletas e as e-commerces, o preço das bikes de entradas ficou, em média, entre R$ 800 e R$ 3000.

Como estimular o uso da bicicletas pós-pandemia?

A Aliança Bike elaborou dez propostas para ser implantadas nas cidades com o intuito no acrescimento na utilização da bicicleta

  1. Ampliar rede de ciclovias, ciclofaixas, bicicletas compartilhadas e bicicletários permanentes nas cidades brasileiras, além de permitir maior acesso de bicicletas ao transporte coletivo (intermodalidade);
  2. Reduzir a carga tributária sobre as bicicletas, para que a população tenha acesso a bicicletas mais baratas e de maior qualidade;
  3. Criar uma rede extra de ciclovias e ciclofaixas temporárias nas cidades brasileiras, para auxiliar os trabalhadores de atividades essenciais durante a pandemia e no processo de saída dela;
  4. Criar uma linha de crédito atrativa, junto aos bancos públicos, para financiamento de aquisição de bicicletas e bicicletas elétricas pela população brasileira;
  5. Distribuir um voucher de R$ 100 para custear especificamente a revisão e o conserto de bicicletas usadas pela população;
  6. Alterar legislação trabalhista para obter pleno reconhecimento da bicicleta como meio de transporte por trabalhadoras e trabalhadores, incluindo a manutenção do vale-transporte pelo uso de bicicleta;
  7. Criar uma política nacional de ciclologística para estimular e dar segurança às entregas feitas em bicicletas em todo o país – desde sempre consideradas um serviço essencial;
  8. Criar políticas públicas (nacionais e regionais) para desenvolvimento do cicloturismo, como forma de aquecer o turismo no país com segurança e distribuição de renda;
  9. Ofertar mais áreas para o ciclismo esportivo e para o lazer em todo o país;
  10. Criar um programa nacional de fortalecimento da economia verde, estimulando setores produtivos que contribuem ativamente para o combate às mudanças climáticas.

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